A polícia prendeu nesta quarta-feira, 5, duas pessoas apontadas como líderes de um grupo de skinheads, que estariam envolvidas em pelo menos dois casos de agressão nos últimos meses em Curitiba. Eles devem ser indiciados por formação de quadrilha e tentativa de homicídio contra um homem, no início de fevereiro, e duas mulheres, que foram esfaqueadas numa briga em um bar na praça em frente ao Círculo Militar, em dezembro do ano passado. Os presos negaram as acusações feitas pela polícia. Maurício Caetano da Silva, de 33 anos, e Jackson dos Santos Arruda, de 19 anos, tinham mandado de prisão expedido pela Justiça. Arruda foi detido no quartel da Força Aérea Brasileira (FAB), onde se apresentou para o serviço militar, enquanto Silva estava em casa. "A polícia fez um trabalho intenso de investigação e conseguiu identificar os autores da tentativa de homicídio e, após as vítimas reconhecê-los, solicitamos a prisão", disse o superintendente do 1º Distrito Policial de Curitiba, Adolfo Rosevics. O superintendente afirmou que os dois ainda não tinham nenhuma passagem pela polícia, mas permanecerão detidos na Divisão de Vigilância e Capturas. "Essas prisões são uma resposta da polícia, que continuará preservando a sociedade, dando liberdade aos cidadãos, que não podem sofrer com qualquer tipo de preconceito", disse Rosevics. Os skinheads, ou carecas, são simpatizantes do nazismo e têm como marcas principais o nacionalismo e a intolerância com minorias, como negros, judeus e homossexuais.