Polícia recupera telas furtadas do Masp

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Por AE

Dezenove dias depois de terem sido furtadas do Museu de Arte de São Paulo (Masp), as telas "O Retrato de Suzanne Bloch", de Picasso, e "O Lavrador de Café", de Portinari, foram recuperadas ontem pela Polícia Civil. Os dois quadros, avaliados em cerca de R$ 100 milhões, estavam escondidos em uma casa do município de Ferraz de Vasconcelos, na Grande São Paulo. A polícia já prendeu dois homens e identificou um terceiro. Os investigadores estão agora à caça do mentor do crime, que encomendou o furto por R$ 5 milhões. O furto foi pratico em 20 de dezembro e, uma semana depois, um dos suspeitos já tinha sido detido. Ontem, a polícia chegou a Robson de Jesus Jordão, de 32 anos, foragido da Penitenciária de Valparaíso. Ele foi preso no centro da capital e confirmou o endereço onde as obras estavam escondidas. O delegado-geral da Polícia Civil, Maurício Freire, disse que o crime foi encomendado. O caso começou a ser esclarecido no dia 27. Na ocasião, policiais do Departamento de Investigações Sobre Crime Organizado (Deic) prenderam Francisco Laerton Lopes de Lima, de 33 anos, que confessou ter participado da primeira tentativa de roubo ao Masp, ocorrida em 29 de outubro, e de uma segunda investida, em 18 de dezembro. Em depoimento, Lima negou envolvimento na invasão que terminou com o furto das telas. ?Mas já comprovamos que ele participou tanto das tentativas quanto do furto?, declarou o delegado Marcelo Teixeira, titular da 3ª Delegacia de Crimes Contra o Patrimônio do Deic. Orelhões No mesmo dia em que Lima foi preso, um homem fez três telefonemas de orelhões na Rua Avanhandava, no centro de São Paulo, pedindo resgate de R$ 400 mil pelas telas. Os investigadores desconfiaram de que podia se tratar de um golpista tentando vender o que não tinha em mãos. No dia 3, o presidente do museu, Julio Neves, recebeu uma carta que dizia querer US$ 10 milhões de resgate pelas obras. Também alertava que a polícia e a imprensa deveriam ficar afastadas do caso. E exigia que a direção do museu publicasse num jornal um anúncio sobre a venda de uma fazenda no Vale do Paraíba, com um número de celular para que o bandido fizesse a negociação. As informações são do jornal O Estado de S.Paulo.

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