O policial civil Adelino Mello Lima foi denunciado pelo Ministério Público do Rio de Janeiro (MP-RJ) por formação de quadrilha e exploração da prostituição (rufianismo). Ele participaria da administração do Club 488, prostíbulo em São Gonçalo. Adelino foi preso ontem.O policial, da Delegacia de Proteção ao Meio Ambiente (DPMA), teria sido responsável por montar a empresa de fachada Whiskeria Passarela 488, que seria um estabelecimento comercial com lanchonete, casa de chá e sucos. Ele responderá por crimes contra os costumes e a dignidade sexual e contra a ordem tributária, corrupção ativa e falsidade ideológica.O Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), ligado ao MP, em conjunto com a 2ª Central de Inquéritos, denunciou mais cinco pessoas pelo esquema. Os sócios Luiz Henrique Duarte e Cláudio Márcio Soares Torres, que figuravam como laranjas (locatários) do espaço, Douglas Leonardo Sampaio, gerente da casa, além de Rubem Pereira da Silva e Carlos Eduardo da Costa Guimarães.De acordo com a denúncia, os acusados montaram um esquema de exploração sexual, na Rua Coronel Rocha Sobrinho 488, em Alcântara, sob o comando de Adelino, que tinha a função de pagar o aluguel do local a Rubem, de supervisionar as atividades e tomar decisões quanto ao pagamento de propina em troca da omissão dos policiais. Os acusados arrecadavam cerca de 50% dos valores cobrados pelos programas sexuais, que variavam entre R$ 40 e R$ 100.