Presas são maltratadas em cadeia do PA, revela OAB

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Por CARLOS MENDES
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O Centro de Recuperação Feminino (CRC) em Ananindeua, na região metropolitana da capital paraense, para onde estão sendo levadas presas do interior do Estado que dividiam celas com homens, não tem condições de abrigá-las. O local está superlotado e as recém-chegadas denunciam que só têm direito a meio copo com água duas vezes por dia. "Há péssimas condições no trato com essas presas, que estão amontoadas pelas celas", disse a conselheira da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB) no Pará, Valena Jacob. Ela esteve hoje no local junto com representantes da Ouvidoria do Estado e da Secretaria de Justiça e Direitos Humanos, fazendo uma vistoria. O trabalho começou na quarta-feira, quando onze presas foram ouvidas e relataram casos de violência física, moral e até de extorsão praticada por policiais em delegacias do interior. Algumas presas contaram à comissão que estariam se sentindo ameaçadas pela direção do CRC e recebendo recados de policiais para não falarem nada contra a direção do presídio. Os deputados federais integrantes da Comissão Externa do Congresso, que apura o caso da menor presa em uma cela com homens em Abaetetuba, criticaram hoje a postura da justiça paraense, dizendo que, apesar de inúmeras tentativas, eles retornam a Brasília sem ter conseguido falar com ninguém do Judiciário. "É lamentável. Todos sumiram e nem a juíza do município se manifestou", comentou a presidente da Comissão, Luiza Erundina.

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