Presidente de sindicato é morto por diretor no Rio

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O presidente do Sindicato dos Securitários do Estado do Rio de Janeiro, Júlio Menandro de Carvalho, de 68 anos, foi assassinado a tiros hoje na sede da entidade, na Cinelândia, centro da capital fluminense. O crime foi cometido por um diretor do sindicato, inconformado por ter sido excluído da chapa eleita no início do mês para a próxima gestão. O assassinato aconteceu no final da manhã, quando Carvalho chegava à sede do sindicato. Ele saiu do elevador e foi abordado pelo diretor de assuntos trabalhistas, Valdomiro Peixoto Valente, de 52 anos. Há indícios de que os dois tenham lutado. Dez tiros foram disparados, pelo menos sete atingiram Carvalho. Valente ficou ferido numa das mãos. Ele, então, chamou o elevador pelo telefone interno do condomínio, alegando que havia uma emergência. "A primeira coisa que eu vi quando a porta abriu foi o corpo do seu Júlio. O Miro (Valdomiro) entrou no elevador. Disse que seu Júlio tentou matá-lo e mandou que eu descesse. Eu pedi para ele abaixar a arma", contou o ascensorista João Maria do Nascimento. "Parecia um filme de terror", disse. Sangrando numa das mãos, Valente fugiu do prédio. Carvalho atuava havia mais de 30 anos na diretoria do sindicato - desde 1989 era o presidente da entidade. Ele era padrinho de um dos filhos de Valente, que estava no sindicato havia 12 anos. Segundo funcionários, as desavenças entre os dois começaram no ano passado. "As brigas começaram por divergências em questões administrativas e virou uma questão pessoal. A situação ficou insustentável e Miro e outros dois diretores foram afastados da chapa única que concorreu nesse ano", disse o assessor da presidência, Agostinho Espírito Santo. Funcionários contaram que Valente costumava andar armado e passou a fazer ameaças a Carvalho. A polícia apreendeu dois computadores e documentos do sindicato. As fitas do sistema interno de câmeras foram recolhidas. O delegado da 5ª Delegacia de Polícia, Ricardo Codeceira, aguarda o fim dos interrogatórios para pedir a prisão de Valente, que até o início da noite não havia se apresentado à polícia.

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