Professor critica programa Aqui Tem Farmácia Popular

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Por Ligia Formenti
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O programa Aqui Tem Farmácia Popular, que prevê a venda subsidiada de remédios para a população em estabelecimentos credenciados, tem um custo significativamente maior do que a distribuição gratuita de remédios, feita na rede pública, afirmou nesta terça-feira o professor da Universidade Federal de Minas Gerais, Augusto Afonso Guerra."Não é uma questão de ideologia, basta observar os números e a tendência de gastos do governo", completou Afonso Guerra. Ele participou de uma audiência na Comissão de Seguridade Social e Família da Câmara dos Deputados. A audiência foi marcada depois de reportagem publicada pelo jornal O Estado de S.Paulo mostrando a diferença entre valores desembolsados pelo governo federal para reembolso de farmácias e o que é investido na compra de remédios distribuídos gratuitamente pelo governo.O diretor do Departamento de Assistência Farmacêutica do Ministério da Saúde, José Miguel do Nascimento Júnior, afirmou que os preços pagos pelo governo não podem ser comparados com aquele que é dado para farmácias. O poder de compra do governo afirmou, permite que o preço final de venda seja mais baixo. "Temos de fixar um preço que permita à farmácia de um ponto distante participar do programa, assim como as grandes redes, de grandes centros", disse.Reembolso a preços muitos baixos, completou, poderia provocar a asfixia dos pequenos estabelecimentos, o fim da adesão ao programa ou, então, a oferta de produtos apenas no papel. Ele afirmou que o programa ampliou o acesso da população a medicamentos, sobretudo os distribuídos gratuitamente nas farmácias credenciadas: para asma, hipertensão e diabetes.O deputado federal Marcus Pestana (PSDB-MG) afirma haver outras formas de garantir e ampliar o acesso da população a medicamentos. "Há um esforço do governo em ampliar o Farmácia Popular. Basta ver os recursos destinados", disse. Este ano, citou, o programa terá R$ 1,3 bilhão. Em 2013, serão R$ 2 bilhões.

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