A Prefeitura de São Paulo enviou um projeto de lei à Câmara Municipal que prevê a adoção do pedágio urbano na cidade. A proposta, lida em plenário, faz parte da Política Municipal de Mudança Climática. A cobrança de taxas em vias congestionadas é justificada no texto como uma das estratégias para reduzir em 30% a emissão de poluentes na capital até 2012. Mas hoje mesmo a Prefeitura mandará retirar o texto da Câmara, para reapresentá-lo novamente, suprimindo o item que fala de pedágio. A informação foi dada ontem à noite pela assessoria do prefeito Gilberto Kassab, que informou ter havido um "erro de comunicação" da assessoria do Gabinete. Kassab teria pedido a retirada do trecho anteriormente, o que não ocorreu. O texto causou confusão ontem dentro do governo. "O pedágio urbano não é descartado como estratégia", afirmou a secretária adjunta de Governo municipal, Stela Goldenstein. "Mas é uma proposta descartada a curto e médio prazos, enquanto não tivermos um transporte abundante e eficaz." A Política Municipal de Mudança Climática estava em discussão há um ano e contou com a participação de todas as secretarias. Mas o texto final, desenvolvido após estudos da Fundação Getúlio Vargas e da Iclei (organização mundial especializada em sustentabilidade para cidades), teria desagradado a Secretaria de Transportes. Oficialmente, a pasta informou ontem ser contrária ao pedágio urbano. O projeto ainda atinge dezenas de áreas, reafirmando a restrição aos caminhões, criando bolsões para ônibus fretados, apostando em trólebus e no transporte coletivo. Entre outras polêmicas, estão no texto a restrição a veículos no centro e a ampliação do rodízio por problemas ambientais. Já no item ambiente, há obrigatoriedade de coleta seletiva em grandes conjuntos, como shoppings, e ampliação de ecopontos e de inspeção veicular. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.
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