Um promotor francês pediu que juízes acusem a empresa aérea americana Continental de homicídio culposo, devido à queda de um Concorde nos arredores de Paris, que matou 113 pessoas em julho de 2000. O inquérito francês descobriu que o acidente foi causado, em parte, por um pedaço de metal de um avião da Continental, que estava na pista e fez com que um dos pneus do trem de pouso do Concorde da Air France estourasse. Segundo o correspondente da BBC em Paris Alasdair Sandford, o pedido foi feito pelo escritório da promotoria de Pontoise, ao norte de Paris, não muito longe do local do acidente. O promotor Bernard Farret quer que a Continental seja levada a julgamento. Além da companhia aérea, o promotor também quer que sejam levados a julgamento John Taylor, o mecânico da Continental que teria encaixado a faixa de metal ao outro avião, o DC-10, e Stanley Ford, o chefe de manutenção da companhia. Henri Perrier, ex-diretor da divisão do Concorde da companhia aeroespacial EADS, e Claude Frantzen, ex-membro da companhia de fiscalização da aviação civil francesa, também estão na lista de acusados do promotor. Um juiz deve decidir se aceita o pedido nas próximas semanas. Destroços A faixa de metal que se desprendeu do DC-10 da Continental caiu na pista do aeroporto Charles de Gaulle. Quando o Concorde passou pela pista em sua decolagem, um de seus pneus explodiu, lançando destroços para o motor do avião da Air France e perfurando o tanque de combustível do avião, o que causou o incêndio. Entre os mortos estavam as 109 pessoas a bordo do Concorde e quatro pessoas que estavam no solo. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
