Os metroviários decidiram nesta segunda-feira, durante assembléia que terminou por volta das 20 horas, suspender a greve que aconteceria nesta terça-feira. A categoria preferiu aguardar o julgamento do dissídio coletivo, que será realizado pelo Tribunal Regional do Trabalho (TRT), às 16h30 desta terça. A diretoria do Sindicato dos Metroviários defendeu a suspensão da paralisação, já que aceitou os 8% de reajuste salarial proposto pelo TRT, durante audiência de conciliação feita nesta segunda com os representantes da Companhia do Metropolitano e dos trabalhadores. O acordo coletivo foi renovado. O Metrô, no entanto, não concordou com o índice de reajuste salarial, que deve incidir sobre todos os itens, como tíquete-refeição, auxílio-creche, e adicional de motoristas, entre outros, de acordo com a proposta apresentada pelo TRT e acatada pelo sindicato. "Ao contrário do Metrô, nós aceitamos a proposta de 8%. A categoria aguardará o julgamento do processo marcado para amanhã (terça)m quando o TRT vai referendar a proposta", disse o secretário de imprensa do Sindicato dos Metroviários, Wagner Fajardo. O Metrô continuou oferecendo 6,43% de reajuste. O Metrô aceitou negociar com o sindicato o adicional de risco de vida para funcionários do corpo de segurança e o retorno da jornada de 36 horas de trabalho para bilheteiros e seguranças que foram contratados com jornada de 40 horas. O adicional de risco de vida e a redução da jornada de trabalho estavam entre as reivindicações dos trabalhadores. Eles devem entrar em um acordo dentro de 120 dias. Os 1.500 metroviários não descartaram ainda a possibilidade de cruzar os braços nos próximos dias. "Tudo vai depender da decisão do TRT", disse o presidente do sindicato, Flávio Godoy. "Podemos entrar em greve, caso o julgamento de amanhã seja incompatível com as expectativas da categoria. Aguardaremos também os próximos passos do Metrô, que poderá recorrer da decisão em Brasília. Ainda estamos em um impasse."