PT tem maioria no Congresso apenas para absolver mensaleiros, diz Alckmin

O petista questionou o resultado do Provão, que deu o 8º lugar ao Estado de São Paulo, durante a gestão tucana

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Por Agencia Estado
Atualização:

O presidente e candidato à reeleição, Luiz Inácio Lula da Silva (PT), e o candidato à Presidência da República pelo PSDB, Geraldo Alckmin, discutiram propostas para a área de educação no segundo bloco do debate no SBT desta quinta-feira. Lula foi questionado sobre o fato de a Fundeb - fundo de financiamento para educação - não ter saído do papel após quatro anos de gestão. E rebateu dizendo que é mais fácil falar do que fazer e que, se São Paulo (o Estado) ficou em 8º lugar no provão, o problema é do Brasil. "Porque Alckmin é candidato ao governo federal." Ele também afirmou que o Fundeb não foi aprovado porque "a orientação do PSDB é não aprovar nada", em referência à resistência da oposição no Congresso. Alckmin reclamou que Lula fez a mesma pergunta do debate anterior e respondeu: "Teste não mede sistema de educação, só faz a prova quem quer, não é para medir o sistema". Em resposta à provocação de Lula, Alckmin voltou ao tema corrupção e citou a crise do mensalão. "Na verdade, FHC (ex-presidente) universalizou o ensino fundamental e o PT tem maioria para absolver mensaleiros e não para aprovar o Fundeb." Discussão sobre São Paulo O petista questionou também as propostas de Alckmin para a educação no País e aproveitou para criticar a redução de vagas no ensino médio e fundamental durante o governo do PSDB em São Paulo. O ex-governador ainda reclamou que não foi para o debate discutir o Estado de São Paulo e, sim, para discutir o Brasil. "Vamos trabalhar para melhorar porque piorou. O número de crianças trabalhando aumentou em 10 por cento, há 250 mil crianças trabalhando", rebateu Alckmin com crítica. O petista rebateu dizendo que "Se no Estado mais rico da Federação aconteceu um desastre como esse, qual é sua proposta para educação no País. Por que na sua campanha não se fala em pró-Uni, Fundeb e cotas?". O tucano ainda criticou a rotatividade de ministros na gestão Lula e disse que o "mestre" Cristovam Buarque, ex-ministro da Educação no governo petista e candidato do PDT derrotado do primeiro turno, foi demitido por telefone.

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