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Quando a vida imita um roteiro de Sessão da Tarde

Amália se diverte sempre que é comparada à versátil personagem de 'Legalmente Loira'

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Por Redação
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Na turma do 7º semestre de Direito da Fundação Armando Álvares Penteado (Faap), a estudante Amália Rodante, de 22 anos, a dona da Pajero Sport devidamente abastecida, é vista como uma Elle Woods da vida real. Dizem que só falta tingir o cabelo todo de loiro e carregar cachorrinho na bolsa, para se igualar à personagem da atriz Reese Whiterspoon no filme Legalmente Loira - uma aspirante a advogada que usa conhecimentos de patricinha para vingar na carreira.É porque Amália vai à aula com laptop rosa e revista Vogue embaixo do braço? Porque começou cedo a faculdade de Fashion Business? Porque trabalhou na Daslu por seis meses e foi embaixadora do Club A, de Amaury Jr.? Ou porque, como a personagem, entrou na faculdade aos 18 anos, estagiou no Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) e vê como opção carreira na área criminal?"O pessoal pega no pé, mas é brincadeira. O importante é que, no final, ela (Elle Woods) se dá muito bem", entrou na onda a estudante, logo que chegou ao Hotel Unique, no Jardim Paulista, onde realizava, numa quinta-feira, um bico no mundo da moda. "Moda é opção forte, mas ainda não tem nada decidido. À frente, vejo um caminho aberto."Possibilidades são várias, na vida desta brasiliense que mora em São Paulo há cinco anos, na Vila Nova Conceição, um dos metros quadrados mais caros da capital. Quando chegou, em 2005, para cursar Moda na Anhembi Morumbi, queria ser estilista. "Me desiludi com o curso, teórico demais, e decidi dar um tempo. Entrar para o Direito me daria subsídio para outras carreiras." Depois, no Gaeco, em 2006, estagiando com o promotor Roberto Porto - autor das denúncias contra o traficante colombiano Juan Carlos Abadía e contra a Igreja Universal, por exemplo -, pensou que aquela era outra opção. "Tem de ser frio, é uma área pesada", conta. "Seria desafiador."Entre opções tão diversas, Amália acaba de encontrar mais uma. Agora, pensa em entrar para o mercado de carnes. "Mas calma", como ela disse. Não é qualquer mercado de carnes - é "o" mercado de carnes. Com o gado das fazendas do pai, também empreiteiro em Brasília, Amália teve a ideia de criar uma marca de carnes de luxo. Em março, deve lançar por aqui um selo próprio de carnes premium, 30 cortes de gado com baixo teor de gordura, tratado com água de poço artesiano e abatido de madrugada, para que a temperatura não influencie no resultado final."É o desafio da vez, não se podem desprezar boas ideias", disse Amália, confiante, caminhando pelos tapetes felpudos do Salão Casa Moda São Paulo, entre modelos que divulgam 45 grifes nacionais e estrangeiras. "Outra etapa da vida que segue."Naquele dia, a estudante ficaria no Unique até as 18 horas. À noite, não sairia de casa. Tinha de estudar para a única dependência que pegou no semestre, prova marcada para as 8 horas do dia seguinte. "Não fosse isso, nem estaria aqui. Continuaria as férias em Los Angeles com a família", conta. "Era só 0,25 ponto, bem que tentei convencer a professora, mas não teve jeito."Não era rigidez excessiva, como admite Amália. Mas sim uma professora que acredita na importância do que faz.

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