Rebelde das Farc que matou chefe deve receber recompensa

Governo colombiano disse que se deve 'seguir política de recompensa' para desertores.

PUBLICIDADE

Por Da BBC Brasil
1 min de leitura

O governo colombiano deve pagar uma recompensa de US$ 2,5 milhões a um guerrilheiro das Forças Armadas Revolucionárias da Colômbia (Farc), que admitiu ter matado seu chefe, afirmou uma reportagem do jornal colombiano El Tiempo. O ministro do Interior, Carlos Holguín, disse, em entrevista à rádio Caracol, que o dinheiro deverá ser pago a Pablo Montoya, de codinome 'Rojas', independentemente da investigação que se seguirá pela morte de Ivan Ríos, membro do secretariado das Farc. Segundo o jornal colombiano, Rojas, que cuidava da segurança de Ríos, se apresentou na última sexta-feira com a mão direita do chefe, seu computador, carteira de identidade e seu passaporte. Mais tarde, revelou onde enterrou os corpos do guerrilheiro e de sua parceira. O ministro disse ainda que o governo "deve respeitar a política de recompensas para os que ajudam a capturar reféns guerrilheiros". 'Rojas' disse que matou Ríos porque queria se entregar às autoridades mas temia a represália do chefe. Ele deve receber uma recompensa de US$ 2,5 milhões por ter colaborado com a justiça. O presidente colombiano Álvaro Uribe disse que o governo se compromete a ajudar os informantes que cooperam com as autoridades, mas que "um Estado de direito não pode estimular massacres". O pagamento da recompensa coloca o governo num dilema e está gerando debates na Colômbia sobre a ética de recompensar uma pessoa que deveria estar sendo julgada por homicídio. Ao mesmo tempo, se não pagar a recompensa, o governo prejudica sua estratégia de contar com a colaboração de guerrilheiros desertores. A morte de Ríos é mais uma grande perda para as Farc. Há dez dias, tropas colombianas entraram em solo equatoriano e bombardearam uma base da guerrilha, matando 43 rebeldes, entre eles Raúl Reyes, considerado número dois da guerrilha. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

Comentários

Os comentários são exclusivos para assinantes do Estadão.