Reflexo de tremores no Brasil são comuns, diz geofísica

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Por Anne Warth
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Desde 1941, 35 tremores de terra ocorridos na América do Sul foram sentidos em São Paulo, três deles apenas neste ano, incluindo o de hoje, de acordo com dados do Instituto de Astronomia, Geofísica e Ciências Atmosféricas (IAG) da Universidade de São Paulo (USP). De acordo com a geofísica Célia Fernandes, na região da Avenida Paulista é bastante comum que a população sinta os efeitos, principalmente nos edifícios mais altos. Ela explica que não há perigo para a população, pois os movimentos são de pequena intensidade. "As ondas sísmicas se propagam como uma pedra no lago", disse. Embora também esteja localizado sobre a placa sul-americana, os tremores de mais alta intensidade não costumam atingir o Brasil. "Nós estamos no centro da placa. É mais comum que os terremotos ocorram nas bordas das placas. No caso da placa sul-americana, principalmente na região da Cordilheira dos Andes, na Argentina, Chile, Peru e Bolívia." Somente neste ano, dois outros tremores, além do de hoje, foram sentidos na capital paulista - o último em agosto, reflexo do forte terremoto de 7.9 graus na escala Richter que atingiu o Peru e deixou mais de 500 mortes e milhares de peruanos feridos e desabrigados. Em 1994, um forte terremoto na Bolívia, de 8.3 graus e 700 km profundidade, foi sentido até mesmo no Canadá, que fica sobre a placa norte-americana. "Tudo depende da intensidade, distância da superfície e do solo da região", disse. O terremoto de hoje ocorreu a 60 quilômetros da superfície, no norte do Chile, e teve magnitude preliminar de 7.7 na escala Richter.

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