Rio quer integrar dados da PM aos da Polícia Civil

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Por Alexandre Rodrigues
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O Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio, responsável pela organização e divulgação dos índices de criminalidade no Estado, integrará à sua base de dados os registros feitos pela Polícia Militar (PM). É o que promete o novo presidente do órgão, o tenente-coronel da PM Mário Sérgio Duarte. Segundo ele, o ISP está na fase final de desenvolvimento de um programa de informática para criar uma rede entre batalhões da PM capaz de alimentar um banco de dados integrado ao da Polícia Civil. Atualmente as estatísticas do crime no Rio, disponíveis na internet, são baseadas apenas nos registros de delegacias. Os dados da PM poderão integrar os relatórios do ISP no ano que vem. "É o nosso objetivo. Ainda que na compreensão de que as ocorrências atendidas pela PM acabam nas delegacias, há aquelas que eventualmente não são transformadas em registros e o nosso interesse é conhecê-las também", afirmou Duarte. Segundo o vice-presidente do ISP, o tenente-coronel da PM e antropólogo Robson Rodrigues da Silva, o programa deve ficar pronto em agosto para dar forma ao Sistema Integrado de Análise de Dados (Siad), um banco de informações que receberá registros das polícias Civil e Militar e também de guardas municipais de cidades interessadas em contribuir com informações e ter acesso a elas. O projeto tem financiamento de R$ 483 mil da União Européia (UE) por meio de um convênio com a Secretaria Nacional de Direitos Humanos. Duarte afirma que o ISP não terá como função propor estratégias, mas apenas oferecer dados para que as polícias e a secretaria formulem políticas de segurança. Ele admite que, no mesmo sentido, os dados do ISP que contabilizam os autos de resistência também poderiam servir para identificar excessos e reduzir o número de mortos em confronto com a polícia. Em 2007, a polícia fluminense matou 1.330 pessoas, 25,1% a mais do que em 2006.

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