Um grupo de cariocas realizou neste domingo, 30, um protesto contra a presença chinesa no Tibete e a repressão aos monges budistas que participaram da série de protestos desencadeada no país nos últimos dias. Com bandeiras do Tibete, faixas e cartazes, dezenas de manifestantes caminharam pela orla de Leblon e Ipanema, na zona sul. Crianças usaram faixas pretas como mordaças e adultos carregavam cartazes com frases como "Direitos Humanos Já" e "China, que país é este?". Veja também: Capital do Tibete volta aos poucos ao normal, diz diplomata brasileiro UE pedirá pelo fim da 'repressão' no Tibete Tibetanos prometem mais protestos em revezamento da tocha Dalai-lama diz que mentiras da China podem criar tensão racial China promete compensar vítimas da violência no Tibete Os manifestantes cobraram uma posição do Brasil sobre o conflito e saudaram a iniciativa da chanceler alemã Angela Merkel de boicotar a abertura das Olimpíadas de Pequim. Havia também na passeata cartazes com algemas no lugar dos aros olímpicos, da Organização Não-Governamental (ONG) Repórteres Sem Fronteiras. A manifestação foi organizada por meio da internet pelo mesmo grupo que já havia promovido um protesto na porta do consulado da China, em Botafogo, na semana passada. O grupo recusa a alcunha de "ativista" e batizou o movimento de "O Tibete pode ser salvo". Entre os participantes estão simpatizantes do budismo, profissionais liberais e artistas como o cantor Leoni, a modelo Ellen Jabour e o fotógrafo de cinema Marcos Prado. Eles dizem que a intenção é gerar um movimento civil.