Ritmo de queda diminui, diz Imazon

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Por Bruno Deiro
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A alta abrupta no índice de supressão vegetal na Amazônia verificada em agosto e setembro pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe) não foi registrada pelo Sistema de Alerta de Desmatamento (SAD), monitoramento paralelo mantido pelo Imazon. Mas os pesquisadores do Inpe confirmam que, no acumulado, a tendência de queda do desmatamento vem perdendo força dos últimos meses.Em agosto, o SAD registrou 232 km², número que não deve ter grande variação em setembro - o dado exato será divulgado amanhã pela entidade. "No último mês, tivemos uma pequena queda no desmatamento, mas a degradação aumentou", afirma o pesquisador Heron Martins, que participa da elaboração dos boletins mensais da Imazon.Segundo ele, o aumento do desmatamento é natural nesta época do ano por conta dos incêndios, criminosos ou não. "É característico que, a partir de julho, a Amazônia passe por um processo de estiagem", diz. "Há menos nuvens e isso favorece não só a detecção, mas o próprio desmatador. É mais fácil botar fogo na floresta em períodos secos."Mesmo assim, o ritmo de queda de desmatamento tem preocupado os especialistas - regiões que recebem projetos hidrelétricos, como Rondônia e o norte de Mato Grosso, são as que têm apresentado maiores índices, segundo Martins.Nova metodologia. O Ministério do Meio Ambiente alterou o critério para a inclusão no ranking de cidades que mais desmatam. Áreas que apresentarem aumento em pelo menos dois dos últimos três anos passarão a integrar a lista. Até o mês passado, o critério era de crescimento em três dos últimos cinco anos.No início do mês, Anapu e Senador José Porfírio, no Pará, foram incluídos na relação de 52 municípios que são tratados como prioridade.

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