Romney busca avançar na região sul dos EUA

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Por STEVE HOLLAND

O pré-candidato republicano à Presidência dos Estados Unidos, Mitt Romney, busca avançar nas preferências do eleitorado do Sul do país, uma região que já foi dura com ele e poderá de novo lhe dar as costas em breve. O ex-governador de Massachusetts -que participou de um comício na sexta-feira em Jackson, no Mississippi- é reconhecidamente o azarão em Mississippi e no Alabama, dois Estados do Velho Sul onde os republicanos votarão em primárias na terça-feira para decidir qual candidato deve disputar com o presidente democrata Barack Obama na eleição de 6 de novembro. Até agora, Romney tem sido incapaz de avançar no coração do conservadorismo republicano. Apesar de um esforço enorme, ele foi vencido por Newt Gingrich na Carolina do Sul em janeiro. Ele ficou em segundo na terça-feira depois de Gingrich na Georgia e perdeu no Tennessee para o rival Rick Santorum. Nos Estados do sul, ele venceu apenas na Virginia, onde o congressista do Texas Ron Paul, era o único candidato além dele na cédula, e na Flórida, onde sua campanha gastou mais que os rivais em propaganda. "Entendo que seja um pouco como um joga for a de casa", disse Romney à rádio Wapi, de Birmingham, na quinta-feira, referindo-se às suas chances no Sul. Os problemas dele no Sul refletem a desconfiança com relação à profundidade de seus pontos de vista conservadores. Como ex-governador de um Estado com grande peso democrata, ele é visto mais como moderado. A religião dele, mórmon, também é vista como uma questão no Cinturão da Bíblia. "Acho que a religião não deve interferir na política de hoje, mas ela interfere", disse Cheryl Patton, que compareceu ao evento de Romney em Jackson e disse gostar da experiência empresarial de Romney e de seus valores com relação à família. "Ele parece maduro e gentil." Bob Hardin, que também compareceu ao evento de Jackson, acha que Romney é o melhor republicano para assumir a luta contra Obama, mas acredita que a grande riqueza dele também poderá ser um problema. "Infelizmente, ele leva consigo a bagagem do sucesso", que não pega bem para grande parte da população hoje em dia. Como capitalista do livre mercado, não acho que deveria, mas isso acontece", afirmou ele.

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