Santa Casa tinha 36 funcionários irregulares

Registro de técnicos da unidade em Barra Mansa era provisório; nesta semana, aposentada morreu após suposto erro

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Por Felipe Werneck e RIO
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Fiscalização realizada em agosto pelo Conselho Regional de Enfermagem (Coren) e o Ministério Público havia constatado que 36 pessoas exerciam ilegalmente a profissão na Santa Casa de Misericórdia de Barra Mansa, onde uma aposentada morreu na segunda-feira após suposto erro de uma técnica de enfermagem. Os funcionários tinham registros provisórios e não definitivos, como exige o Conselho Federal de Enfermagem (Cofen). Ontem, o conselho regional recebeu da Santa Casa o nome da técnica de enfermagem suspeita de ter injetado sopa na veia da aposentada Ilda Vitor Maciel, de 88 anos, na noite de domingo.Ilda estava internada desde o dia 27, após ter sofrido um derrame cerebral. O hospital afirma que a morte não tem relação com a troca de sondas, ocorrida 12 horas antes - a alimentação, que deveria ter sido injetada pelo nariz para seguir até o estômago por um tubo, foi colocada na veia da paciente. O erro foi denunciado por parentes. O laudo da necropsia, que deve apontar a causa, só fica pronto em um mês. A aposentada sofreu convulsões e embolia pulmonar. A Santa Casa foi notificada pelo Coren-RJ a apresentar até segunda-feira a documentação referente ao atendimento."Agora vamos iniciar o procedimento para comprovar se de fato houve erro e se ele contribuiu para a morte", disse a coordenadora de fiscalização do Coren-RJ, Ana Tereza Souza. Segundo o Conselho, havia apenas 1 enfermeiro supervisor para todo o hospital, que tem 200 leitos, e 3 técnicos de enfermagem de plantão no domingo.

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