O sossego da publicitária Keity Martins acaba quando começa a passar na TV propaganda de pizza, hambúrguer ou bolacha recheada. "Minha filha, Katlyn, olha e fala: "Mamãe, eu quero." Se digo não, ela chora e esperneia." Katlyn tem apenas 2 anos, mas já tem forte queda por doces. "Sempre que eu chego do trabalho, ela me pergunta se comprei chiclete", diz Keity.Apesar disso, a publicitária afirma que a filha tem uma alimentação saudável. "Ela adora salada. Come até jiló." Keity conta que antes de ser mãe era contra a regulamentação da propaganda. "Agora vejo o quanto certos tipos de mídia não são saudáveis para minha filha."O advogado Xavier Vouga, pai de Nina, de 7 anos, acredita haver uma superproteção desnecessária à criança e defende a importância da educação dada pelos pais. "Nina come de tudo e muito bem. Em casa sempre tivemos o hábito de cozinhar e de ir à feira. Isso cria na criança o interesse pela comida", diz ele.O advogado admite que a filha já teve a fase de querer ir a lanchonetes só para ganhar o brinquedo que vem com o lanche. "Hoje isso acontece cada vez menos. Agora ela diz: "Os brinquedos não são grande coisa e eu não gosto da comida." Para Nina, esse tipo de passeio saiu da pauta."