O governador Geraldo Alckmin (PSDB-SP) disse hoje, ao comentar a fuga de mais de 100 detentos da Penitenciária do Estado, que a Secretaria da Segurança já enviou policiais para o local e está tomando todas as providências. Alckmin, no entanto, destacou que não há nada além disso a ser feito. "É evidente que neste momento tem gente tentando escapar. Isso é uma luta permanente e não vai acabar nunca", afirmou. A polícia confirmou a fuga de 120 presos da Penitenciária do Estado, dos quais sete foram recapturados. Alckmin disse que o número exato de presos fugitivos ainda não foi fechado; disse também que pode ainda ter algum fugitivo dentro do túnel ou das galerias de esgoto usados para a fuga. Na avaliação de Alckmin o problema deve ser enfrentado no seu "conteúdo". "E nós estamos fazendo isso por meio da desativação do complexo do Carandiru, que tem 10 mil presos, transferindo-os para penitenciárias menores", disse Alckmin. As novas penitenciárias, 11 que estão em construção simultânea, serão entregues em janeiro de 2002. "A primeira razão para a desativação do complexo do Carandiru é a segurança. Ela é muito maior nas penitenciárias que estamos fazendo, com capacidade para 768 presos cada uma", disse Alckmin. O sistema penitenciário estadual abriga hoje 99400 presos. Segundo a avaliação de Alckmin, até o fim do ano esse número deve chegar a 100 mil. O complexo do Carandiru terá desativada a Casa de Detenção, onde estão cerca de 7400 detentos. Além da Casa de Detenção, o complexo abriga a Penitenciária do Estado, que tem capacidade para 2100 detentos e hoje abriga cerca de 1600.
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