Sindicato decide tirar ônibus das ruas após ataques em Natal

Para Polícia Militar, crimes têm relação com briga entre facções; ao menos onze veículos foram incendiados

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Foto do author Marco Antônio Carvalho
Segundo a polícia, crimes têm relação com briga de facções Foto: Divulgação/Polícia Militar

NATAL - O Sindicato dos Trabalhadores em Transporte Rodoviário do Rio Grande do Norte(Sintro-RN) decidiu retirar todos os veículos de circulação das ruas da cidade na noite desta quarta-feira, 18, depois que ônibus foram atacados e queimados

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A Polícia Militar informou ao Estado que os crimes têm relação com a disputa entre as facções. 

De acordo com o tenente Emerson Menezes, do 1º Batalhão da PM, responsável pelo patrulhamento da zona leste, um carro a serviço do governo teve um princípio de incêndio após criminosos abordarem e expulsarem o motorista. 

Segundo o oficial, testemunhas informaram que os suspeitos pareciam menores. O ataque aconteceu em Mãe Luiza, onde 30 minutos depois, nas imediações da Praia do Meio, um ônibus também foi atacado. "Cinco suspeitos com rostos cobertos entraram e mandaram o motorista descer, ateando fogo no veículo na sequência", disse o tenente. Mãe Luiza é o bairro onde ocorreu a fundação do Sindicato do Crime e a polícia acredita que isso possa representar a ligação com a facção. 

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Os incêndios criminosos, de acordo com a polícia, teriam relação com a disputa entre o Primeiro Comando da Capital (PCC) e o Sindicato do Crime (SDC), facção potiguar rival e aliada ao Comando Vermelho. "Eles fazem isso para demonstrar poder de fogo e para intimidar. Mas a PM está na rua e vamos prender esses criminosos", informou Menezes. Questionado se o ato teria relação com a briga em Alcaçuz, o tenente disse que "está tudo ligado".

Durante o tumulto na frente da cadeia ontem à noite, as familiares dos presos repetiam que os ataques continuariam caso a transferência se concretizasse. A facção é apontada como a responsável por 108 ataques, entre eles incêndios contra veículos, em 38 cidades do Estado entre julho e agosto do ano passado em reação à instalação de bloqueadores de sinal de celular na Penitenciária de Parnamirim, na Grande Natal.