O embaixador da Síria na Organização das Nações Unidas em Genebra abandonou a reunião do Conselho de Direitos Humanos da ONU nesta terça-feira depois de exigir irritadamente que os países parem de "incitar o sectarismo e o fornecimento de armas" para as forças de oposição no país. Faysal Khabbaz Hamoui disse que as sanções estavam impedindo Damasco de comprar medicamentos e combustível e, em seguida, deixou abruptamente o debate no fórum emergencial convocado a pedido dos países do Golfo e da Turquia, e apoiado pelo Ocidente. "Reafirmamos a todos os supostos amigos do povo sírio que o simples passo para ajudar imediatamente o povo sírio é parar de incitar o sectarismo, de fornecer armas e financiamento e colocar o povo sírio um contra o outro", afirmou ele. "Sanções injustas e unilaterais, impostas por alguns países sobre o povo sírio, estão impedindo o acesso a medicamentos, a combustível em todas as formas, bem como energia elétrica, e também estão impedindo as transferências bancárias para comprar esses materiais", disse ele. A União Europeia impôs sanções a sete ministros do gabinete da Síria nesta terça-feira por participarem da sangrenta repressão contra os dissidentes, o mais recente movimento para forçar o presidente Bashar al-Assad a renunciar. A expectativa é de que o principal órgão de direitos humanos da ONU condene a Síria nesta terça-feira por utilizar armas pesadas em áreas residenciais e perseguir adversários, na quarta repreensão a Assad durante a revolta que já dura 11 meses. (Reportagem adicional de Caroline Copley)