Autoridades sírias vêm reprimindo duramente os protestos pró-democracia exigindo o fim do governo de 41 anos da família Assad, que foram inspirados nas revoltas populares que derrubaram líderes no Egito, Tunísia e Líbia este ano. Enviados britânicos, franceses e norte-americanos aproveitaram o fórum de Genebra para pedir que a Síria interrompa as execuções, detenções arbitrárias, torturas e desaparecimentos forçados de civis. "O governo da Síria vai continuar seu trabalho para reforçar os direitos humanos para que possamos estabelecer uma sociedade democrática em linha com a lei da ordem, em linha com o que as pessoas merecem e almejam", disse Mekdad. "Estamos enfrentando a hegemonia do Ocidente e dos Estados Unidos e seu protegido Israel em nossa região. A Síria hoje é alvo de ameaças terroristas", acrescentou. "As forças de segurança se tornaram mártires. Mais de 1,1 mil foram mortos por terroristas que são abastecidos com armas de alguns de nossos países vizinhos." Segundo ele, não houve bombardeio de civis e tanques foram usados apenas para proteger as forças de segurança da violência. O Conselho de Direitos Humanos realizava um debate de três horas sobre os números da Síria, como parte de sua avaliação regular de todos os países-membros da ONU. Mekdad disse que a Síria saudava uma revisão imparcial de seus números, mas acrescentou que "países ocidentais não ligam para os direitos humanos, eles só se preocupam em assegurar os embarques de petróleo e minerais que eles vão saquear."
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