SP ganha maior rede de computação

Pioneiro no País, sistema da Unesp realiza 33,3 milhões de cálculos por segundo; medida beneficia pesquisas

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Começa a funcionar hoje, na Universidade Estadual Paulista (Unesp), a maior rede de computação de alto desempenho do País. Com capacidade de processamento de 33,3 teraflops - o equivalente a 10 mil computadores de mesa -, a estrutura batizada de GridUnesp será usada em diversos campos de pesquisa como sequenciamento genético, previsão do tempo, física de altas energias e química quântica.A rede reúne 2.944 processadores. A maior parte deles (2.048) permanecerá no núcleo principal, na Barra Funda, em São Paulo. Os demais estarão espalhados por sete câmpus da Unesp localizados em Araraquara, Bauru, Botucatu, Ilha Solteira, Rio Claro, São José do Rio Preto e no centro de São Paulo. Em tese, o GridUnesp poderá realizar 33,3 trilhões de cálculos por segundo.Os diversos polos estarão unidos por fibra óptica. O núcleo principal receberá os dados e as tarefas enviadas pelos cientistas e escolherá processadores ociosos para realizar os cálculos. Depois, ele reunirá os resultados e os enviará para o pesquisador que solicitou a operação.Cerca de R$ 8 milhões foram investidos no projeto. A Financiadora de Estudos e Projetos (Finep) contribuiu com R$ 4,4 milhões e a própria Unesp pagou o resto.O pesquisador Sérgio Ferraz Novaes pondera que os frutos do investimento poderão ser percebidos com clareza depois de dez anos. "Meu maior desejo é que, ao olhar para trás, fique claro que (depois da instalação do GridUnesp) houve um aumento significativo na produção científica da universidade", afirma.

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