SP quer MG e RJ em força-tarefa contra o crime organizado

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Por Agencia Estado
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O governador de São Paulo, Geraldo Alckmin (PSDB), vai propor que Minas Gerais e Rio de Janeiro se unam a São Paulo para formar uma força-tarefa no combate ao crime organizado. A proposta será apresentada ao ministro da Justiça, Márcio Thomaz Bastos, com quem Alckmin deve se encontrar na próxima semana, em data e local a serem definidos. Alckmin reafirmou que toda a ajuda que a União der a São Paulo será bem-vinda e disse que já conversou com o governador de Minas, Aécio Neves, sobre a proposta. Segundo ele, Aécio não só gostou da idéia como teria entrado em contato com a governadora do RJ, Rosinha Matheus. O governador paulista não adiantou os detalhes de sua proposta, mas disse que a intenção é aumentar a integração entre as polícias para tornar mais eficiente o combate ao crime. Mais Estados -Alckmin afirmou que poderá, também, convidar outros Estados vizinhos de São Paulo, como Paraná e Mato Grosso do Sul, a participar da força-tarefa. "O aumento da integração entre os Estados vizinhos e o governo federal é muito importante", justificou. Além de propor a criação de uma força-tarefa, Alckmin deve pedir a Thomaz Bastos a liberação de recursos do Fundo Nacional de Segurança Pública (FNSP) para investimento no sistema de comunicação da Polícia Militar. O projeto apresentado pelo governo paulista inclui mais bloqueadores de celulares para penitenciárias. De acordo com Alckmin, embora o número de atentados contra a PM tenha diminuído na última madrugada, não é possível afirmar que o problema foi solucionado. "A crise pode ter passado, mas essa é uma guerra permanente e não podemos dizer que acabou." Visita - Os atentados levaram o governador a visitar nove bases comunitárias da Polícia Militar e um distrito policial entre a noite desta quinta-feira e a madrugada da sexta-feira (07). Apesar de ter sido considerado por Alckmin "demonstração de força", o roteiro - não planejado - não incluiu nenhum dos locais atacados por bandidos. Tanto a sede da 2.ª Companhia do 22.º Batalhão, no Jardim Prudência, como o 47.º DP, alvejados no início da semana, não entraram no percurso da comitiva formada pelo governador, pelo secretário da Segurança Pública de SP, Saulo Abreu, e pelo comandante-geral da PM, Alberto Silveira Rodrigues. "Eu peguei a zona sul", justificou o governador. "Ali não tinha nenhuma área atacada", disse. O 47.º DP e a 2.ª Companhia, no entanto, estão situados na região.

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