O Supremo Tribunal Federal (STF) deve decidir nesta quinta-feira, 13, se autoriza ou não a extradição do megatraficante colombiano Juan Carlos Ramírez Abadía para os Estados Unidos, onde ele responde a processo por lavagem de dinheiro, conspiração para o tráfico internacional de cocaína e homicídio. O relator do pedido é o ministro Eros Grau. Caso seja aprovada a extradição, a palavra final ainda caberá ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva. VEJA TAMBÉM Foragidos internacionais presos no Brasil Abadía foi preso em agosto do ano passado, em São Paulo, durante uma operação da Polícia Federal. Ele é suspeito de mandar matar 15 pessoas nos Estados Unidos e outras 300 na Colômbia. A fortuna do colombiano é estimada em R$ 3,4 bilhões. Depois de preso, Abadía tentou um acordo de delação premiada com a Justiça brasileira, mas ele não foi aceito pela Justiça. De acordo com o STF, o colombiano responde na Justiça Federal de São Paulo pelos crimes de lavagem de dinheiro, corrupção ativa, formação de quadrilha e utilização de documento falso. Os ministros do STF discutirão, entre outras coisas, se o pedido de extradição atende os requisitos para o seu deferimento e se o fato dele estar respondendo a processo criminal no Brasil impede o deferimento do pedido. A Procuradoria-Geral da República se manifestou favoravelmente à concessão da extradição, desde que os Estados Unidos se comprometam a não condenar Abadia à prisão perpétua ou à pena de morte, condições não previstas pela legislação brasileira. A pena privativa de liberdade no País é de, no máximo, 30 anos.
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