A economia da Região Sudeste ainda é a locomotiva do País, mesmo com um avanço mais lento em relação às demais regiões brasileiras nos últimos anos. Juntos, seus quatro Estados detêm 55,4% do PIB. Mas, para manter e ampliar a infraestrutura regional, o Sudeste terá de investir R$ 589,6 bilhões nos próximos cinco anos. Investimento em mobilidade urbana, câmbio e guerra fiscal foram alguns dos problemas do Sudeste debatidos no evento Fóruns Estadão Regiões, realizado pelo Grupo Estado com a participação de representantes do governo e da iniciativa privada.
O Sudeste receberá nos próximos anos uma Copa do Mundo e uma Olimpíada e a preocupação com a mobilidade ficou mais latente. O porcentual de pessoas que passam mais de uma hora no trânsito nas regiões metropolitanas da região é praticamente o dobro de outras capitais do País.
A região é ainda o maior polo automotivo do Brasil, responsável por 70% da produção nacional de veículos, e receberá, num período de seis anos, até 2016, mais de R$ 30 bilhões em investimentos só das montadoras de veículos. Perguntado no evento sobre o crescimento da venda de carros em paralelo aos gargalos de infraestrutura, o presidente da Fiat do Brasil, Cledorvino Belini, disse: "Nós (montadoras) temos um grande sócio que fica com 35% da receita bruta. Esses recursos deveriam ser para a mobilidade e isso não acontece."
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