A Prefeitura de São José do Rio Preto (SP) interditou preventivamente, por falta de segurança, o teatro municipal Paulo Moura, o terceiro maior do interior paulista, com capacidade para 950 pessoas e considerado um dos mais modernos do Estado. Inaugurado em junho de 2011, o teatro recebeu até esta quarta-feira espetáculos do festival Janeiro Brasileiro de Comédia (JBC). Na terça-feira, por exemplo, mais de 900 pessoas acompanharam uma das peças apresentadas no local.Nesta quarta-feira, o prefeito Valdomiro Lopes decidiu proibir a realização de peças no teatro até que dispositivos de segurança contra incêndios sejam instalados no complexo da Swift, um conjunto de prédios antigos e tombados onde está instalado o teatro. O Corpo de Bombeiros exige a revisão da bomba d''água de hidrantes instalados na parte externa do complexo para conceder o Auto de Vistoria do Corpo de Bombeiros (AVCB), um alvará de segurança semelhante ao que faltou em Santa Maria (RS), necessário para liberação do local.O Ministério Público determinou abertura de inquérito para saber os motivos que levaram a prefeitura a abrir o local ao público mesmo sem esse alvará de segurança. "Vamos cobrar explicações da prefeitura em uma reunião de emergência para saber quais medidas que o município está adotando e apurar quem foi que permitiu o uso das instalações de maneira irregular. Também vamos ouvir o Corpo de Bombeiros", disse o promotor de Justiça Sérgio Clementino.Além da interdição do teatro, o prefeito de São José do Rio Preto também mudou o local onde se realizariam os bailes populares de carnaval patrocinados pela prefeitura. Tradicionalmente, eles são realizados no Ginásio de Esportes Júpiter Olímpico, mas por questões de segurança e de espaço, Lopes decidiu transferi-los para o Centro Regional de Eventos, que possuem mais saídas de emergências.
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