Cientistas ficaram animados ao encontrar um meteorito de 70 kg do subsolo de uma plantação de trigo no Kansas, mas o que os deixou realmente felizes foi o método usado para encontrar a rocha do espaço. A equipe fez a descoberta, a um metro de profundidade, usando um novo radar penetrante que, um dia, poderá revelar os segredos de Marte. A descoberta do meteorito é a primeira prova de que a mesma tecnologia poderá ser usada para descobrir objetos enterrados e fazer imagens tridimensionais deles. "Isso valida a tecnologia, de forma que poderemos usar algo parecido com esse instrumento quando formos para Marte", disse Patricia Reiff, diretora do Rice Space Institute. Sistemas de penetração do solo (GPR, na sigla em inglês) já foram usados para localizar meteoritos menores na Antártida, onde o gelo permite a penetração das ondas de sonar. Mas, até o teste do Kansas, a tecnologia nunca havia sido aplicada com sucesso em solos densos. A escavação foi provavelmente a mais bem-documentada de todas as operações de resgate de meteoritos, com os pesquisadores usando escovas e ferramentas para limpar e preservar as evidências da trilha de impacto e datar o evento ad queda do meteoro. Amostras do solo foram retiradas e rotuladas, juntamente com material orgânico. O local pesquisado, conhecido como campo Brenham, é conhecido como um depósito de meteoritos - fragmentos de uma grande chuva de pedras, ocorrida possivelmente há 10.000 anos - desde 1882. Cientistas já rastrearam pedaços da chuva até o Estado de Ohio, indicando que os meteoritos eram negociados pelos índios como peças de joalheira ou artefatos cerimoniais.