Parte do teto da Igreja de São Francisco de Assis, localizada no Pelourinho, região do Centro Histórico de Salvador, desabou na tarde desta quarta-feira, 5. O acidente provocou a morte de Giulia Panchoni Righetto, 26 anos, paulista de Ribeirão Preto. Outras cinco pessoas ficaram feridas, de acordo com o Corpo de Bombeiros da Bahia.

A Polícia Civil, por meio do Departamento de Homicídios e Proteção à Pessoa, afirma que vai investigar a morte de Giulia, que tinha viajado a Salvador como turista e estava visitando a igreja no momento em que o teto colapsou.
Segundo a Defesa Civil de Salvador, o espaço central da igreja cedeu durante um momento em que o templo estava aberto e recebia fiéis.
Três viaturas do Corpo de Bombeiros foram ao local do acidente para prestar atendimento às vítimas e realizar buscas na área, que ficou tomada pelos escombros. Equipes do Serviço e Atendimento Móvel de Urgência (Samu) também foi deslocado para o local e o Departamento de Polícia Técnica (DPT) também foi acionado.
Os feridos foram socorridos e encaminhados para um hospital local. Segundo as autoridades, todos sofreram apenas ferimentos leves e não correm risco de morte, segundo a Polícia Civil, em nota. “Guias foram expedidas para o trabalho do Departamento de Polícia Técnica (DPT) e os laudos periciais serão essenciais para esclarecer as causas do acidente”.

A igreja São Francisco de Assis, conhecida como “igreja de ouro”, foi construída no início do século 18 no centro histórico de Salvador. Seu interior é revestido de ouro e ela é considerada uma das Sete Maravilhas de Origem Portuguesa no mundo. O prédio é um dos mais expressivos monumentos do barroco nacional e é tombado pelo Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan).
A igreja possui uma arquitetura singular. No anexo, há um pequeno museu com exposição de peças sacras.

O imóvel integra o perímetro do centro histórico de Salvador considerado como patrimônio mundial (popularmente chamado de “patrimônio da humanidade”) pela Organização das Nações Unidas para a Educação, a Ciência e a Cultura (Unesco).

Outra construção desse perímetro ruiu no ano passado. O antigo casarão do centenário restaurante Colon, conhecido pelo filé mal assado, elogiado até mesmo em livro de Jorge Amado. O prédio desabou após mais de três anos interditado. A construção era estimada no século 19.