Thyssen tem dificuldade para vender ativos no Brasil e EUA; ação cai

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Por Redação
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O grupo industrial alemão ThyssenKrupp pediu a interessados que reenviem ofertas de compra para suas siderúrgicas deficitárias no Brasil e nos Estados Unidos, disseram duas fontes a par do assunto, enquanto luta para obter preços atrativos. Os temores de um longo processo de venda derrubaram as ações da ThyssenKrupp em mais de 4 por cento nesta segunda-feira. Perto de 12h (horário de Brasília), os papéis da empresa recuavam 3,4 por cento, para 17,25 euros. A companhia, maior siderúrgica da Alemanha, solicitou que as propostas pelos ativos à venda sejam reenviadas por considerar os lances iniciais muito baixos, disse uma das fontes. O presidente-executivo da ThyssenKrupp, Heinrich Hiesinger, quer vender as unidades separadamente pelo valor contábil combinado de 7 bilhões de euros (9 bilhões de dólares), embora analistas esperem que o valor fique entre 3 bilhões e 4 bilhões de euros. Um operador disse que o valor de 9 bilhões de dólares não parece razoável e o acordo pode fracassar se o grupo insistir no montante. A ThyssenKrupp já investiu cerca de 12 bilhões de euros nas duas siderúrgicas. O grupo alemão também pediu o reenvio das propostas para que seja esclarecido se os proponentes precisarão formar consórcios para assumir os ativos, disseram as duas fontes. A ThyssenKrupp se recusou a comentar o assunto nesta segunda-feira, afirmando apenas que o processo está em andamento. O grupo alemão disse em maio que estava considerando todas as opções para a Steel Americas --formada pela Companhia Siderúrgica do Atlântico (CSA), no Rio de Janeiro, e por uma usina nos EUA--, incluindo parceria ou venda, para estancar os prejuízos e se concentrar na Europa. A ArcelorMittal, a U.S. Steel, a Nucor, a JFE Steel e a brasileira CSN estariam entre os grupos interessados nos ativos da Thyssen nas Américas. A japonesa Posco apenas se apresentou na fase preliminar de ofertas, enquanto a chinesa Baosteel, também previamente citada, desistiu do negócio. A mineradora Vale, que possui participação de pouco mais de um quarto na CSA, reafirmou recentemente que não está interessada em comprar a participação da Thyssen na siderúrgica no Rio. (Por Alexander Huebner e Tom Kaeckenhoff)

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