O ministro José Antonio Dias Toffoli, do Supremo Tribunal Federal (STF), votou nesta quinta-feira pela condenação por corrupção passiva e lavagem de dinheiro de réus ligados ao PP, garantindo maioria de votos para a condenação do ex-deputado e ex-presidente da sigla Pedro Correa por corrupção. Toffoli não chegou a encerrar seu voto no capítulo sobre os partidos que receberam recursos do suposto esquema de compra de apoio político. O ministro se retirou da sessão para participar da sessão do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). Toffoli condenou Pedro Correa e o deputado Pedro Henry (PP-MT) por corrupção passiva e lavagem de dinheiro. Por este último crime condenou também Enivaldo Quadrado, um dos sócios da corretora Bônus Banval, que teria sido usada para lavagem de dinheiro do suposto esquema. Já o ex-assessor do PP José Claudio Genu foi absolvido pelo ministro. "Entendo, no caso, que houve o recebimento irregular do PP de pelo menos 700 mil reais e que Pedro Henry e Pedro Corrêa aceitaram a dádiva utilizaram-se de astúcia na intenção de dissimular o recebimento dos recursos", disse o ministro. Na segunda-feira, Toffoli irá concluir seu voto tanto aos demais crimes dos quais réus do PP são acusados pelo Ministério Público Federal, quanto aos de pessoas ligadas ao PTB, PR (antigo PL) e PMDB. A sessão continuou com o voto do ministro Gilmar Mendes. Além de Toffoli, Marco Aurélio Mello e Carmen Lúcia fazem parte do TSE, que avalia recursos sobre eleições municipais do próximo dia 7 de outubro. O atual capítulo da ação do chamado mensalão trata de parlamentares e ex-lideranças políticas e partidos que teriam, segunda a denúncia, recebido recursos do chamado valerioduto, alegado esquema organizado pelo empresário Marcos Valério e que teria servido para compra de apoio político ao governo no Congresso. (Reportagem de Ana Flor)
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