A Traffic exige mudanças na gestão do futebol do Palmeiras para não acabar a parceria com o clube. J. Hawilla, presidente da empresa, garantiu também apoio ao técnico Muricy Ramalho e quer a permanência do vice Gilberto Cipullo no comando do futebol."A parceria com o Palmeiras continua, mas o clube precisa mudar o modelo de gestão do futebol. Não é possível um elenco caríssimo, um ativo de milhões de reais, toda a história de um clube de 16 milhões de torcedores, ficar na mão de uma única pessoa, que é o treinador. A administração do futebol no Brasil está superada, é arcaica", falou.Hawilla exige a criação de uma comissão técnica, com profissionais de todas as áreas, para administrar o futebol do Palmeiras. "O Muricy tem de ter uma comissão com gente do futebol, profissionais do bem, em todos os setores. Ele, Muricy, cuidaria só do trabalho no campo - treinar e colocar o time para jogar. Nada mais que isso."O modelo a que Hawilla se refere é o do futebol europeu. "O Alex Ferguson está há 23 anos no Manchester (United) e nunca caiu porque tem toda uma estrutura, uma comissão técnica dando suporte. Este é o modelo."O presidente da Traffic admite rever a parceria se o Palmeiras não mudar a administração do futebol. "Queremos a permanência do Cipullo, apoiamos o Muricy, mas o modelo de gestão do futebol tem de mudar."E se não mudar? "Bom, nesse caso, a Traffic vai repensar a parceria." Ele afirma não existir prazo para as mudanças. "Não demos prazo nem vamos impor nada. Vamos sugerir o modelo ao Palmeiras. Vem aí o Campeonato Paulista..."Na tarde de quarta-feira, Hawilla esteve reunido com Luiz Gonzaga Belluzzo e Cipullo. A proposta de um nova comissão esteve na pauta. A permanência da Traffic é bem-vinda no Palestra Itália, mas a exigência da empresa pode pegar mal no clube, mergulhado em crise desde que o time perdeu vaga para a Libertadores. Desde a final do Brasileiro, conselheiros pediram a saída de Cipullo. Ontem, ele confessava não saber se ficaria. O QUE ELE DISSEJ. Hawillapresidente da Traffic"Nesse caso (o Palmeiras não aceitar as mudanças), vamos repensar a parceria. Não demos prazos"