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Tribunal bósnio manda prender homem que atacou embaixada dos EUA

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Por Redação
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Um tribunal na Bósnia ordenou nesta segunda-feira a detenção por acusações de terrorismo de um atirador que abriu fogo com um rifle de assalto contra a embaixada dos Estados Unidos na capital Sarajevo. O juiz Nenad Seleda determinou que Mevlid Jasarevic, um sérvio muçulmano de 23 anos, fosse detido por um mês para impedi-lo de fugir do país, influenciar testemunhas e dificultar uma investigação sobre o tiroteio na embaixada na sexta-feira. Jasarevic disse que não reconhece o tribunal. "Eu não reconheço o seu tribunal. É inútil diante de Alá", ele disse ao juiz durante sua primeira aparição no tribunal. O ataque paralisou o centro de Sarajevo, onde lojistas correram para se proteger enquanto o atirador disparava contra a embaixada antes de um atirador da polícia feri-lo. Ele foi preso. Um policial foi ferido e várias balas atingiram a parede da embaixada. O advogado de Jasarevic, Senad Dupovac, disse ao tribunal que o réu queria se tornar um "mártir". "Seu objetivo era ser morto pelos policiais que protegiam a embaixada dos EUA para se tornar um mártir e ir para o céu". Dupovac tinha dito anteriormente que Jasarevic não tinha cúmplices e expressou preocupação com seu estado mental. Jasarevic, que foi levado do hospital para o tribunal, pareceu calmo. No fim de semana, a polícia sérvia prendeu e libertou mais tarde 17 pessoas em três locais no sudoeste do país, inclusive na maioria muçulmana Novi Pazar, cidade natal do Jasarevic. Autoridades de segurança disseram que Jasarevic, que foi condenado por roubo na Áustria em 2005 e deportado para a Sérvia, entrou na Bósnia na manhã de sexta-feira. Ele visitou um grupo de seguidores do Wahhabi, uma interpretação puritana do Islã, em Gornja Maoca no início do ano, disseram eles. Em 2010, a polícia prendeu vários homens e apreendeu um grande cache de armas durante uma invasão em Gornja Maoca onde os moradores vivem em conformidade com a lei islâmica sharia. Muitos jovens muçulmanos bósnios, em particular das áreas rurais, aderiram nos últimos anos ao wahhabismo sob a influência de combatentes estrangeiros, a maioria dos quais deixou a Bósnia depois da guerra de 1992-95. (Reportagem de Maja Zuvela)

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