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TV do Rio fecha após suspeita de ligação com milícias

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Não completou uma semana a nova TV Comunitária de Rio das Pedras, em Jacarepaguá, na zona oeste do Rio de Janeiro, que serviu de berço às milícias que hoje já se espalharam por diversas regiões. O noticiário da imprensa carioca relacionando a TV com os milicianos levou o presidente da Associação dos Moradores e Amigos de Rio das Pedras (AMARP), Jorge Alberto Moreth, o Beto Bomba, a determinar o fechamento do canal 28, instalado em sala cedida pela associação. "Não tenho apoio nem participo de nada ilícito", afirmou.A RP TV, segundo Beto Bomba - apelido ganho pelo uso indiscriminado de anabolizantes -, era de responsabilidade de Cosme Américo, um jovem morador da comunidade. Mas o ex-presidente da AMARP, Leonardo Magalhães, responsável pela Rádio RP, também se diz dono do negócio fechado. Magalhães, na época em que presidia a associação, ganhou o apelido de Capa Preta, por só vestir roupa desta cor. Aberta na terça-feira passada, a RP TV, segundo Magalhães, "não pertencia a nenhum político nem faria campanha para ninguém". Mas quando explica o trabalho que desenvolve na rádio ele não esconde os métodos paternalistas que atraem o apoio da comunidade. "Fazemos o que os outros não fazem, arrumamos passagens, temos um banco de emprego, um serviço de achado e perdidos para atender até crianças desaparecidas. Temos de tudo na programação - forró, funk e outros ritmos. Aos domingos os programas são Evangélicos", diz. Quando questionado sobre a legalização, justifica: "A gente ia tratar disto agora, mas o presidente mandou fechar".

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