A União Européia pediu no sábado pelo fim da violência no Tibet e para que China mantenha um diálogo sobre os direitos religiosos e culturais tibetanos, mas evitou relacionar o assunto aos Jogos Olímpicos. O ministro das Relações Exteriores britânico, David Miliband, disse que o bloco de 27 países quer que Pequim inicie negociações com o Dalai Lama, o líder espiritual tibetano exilado, assinalando que ele advoga a não-violência e a autonomia, não a independência. "É do interesse de todos, inclusive do Dalai Lama e do governo chinês, manter um diálogo o mais rápido possível", disse ele após um encontro de ministros da UE. Em um comunicado conjunto, o bloco evitou fazer referências aos Jogos Olímpicos em agosto, após uma semana de discussões públicas sobre um boicote à cerimônia de abertura. "A UE condena a violência e expressa o seu respeito às vítimas. Pedimos o fim da violência e que as pessoas detidas sejam tratadas conforme padrões internacionais", disse o comunicado. O texto pede um "diálogo substancial e construtivo que trate de assuntos fundamentais como a preservação da língua, cultura, religião e tradições tibetanas." Sob pressão pública, os ministros procuram uma linha de ação que endureça a resposta da UE aos conflitos, nos quais, segundo o governo chinês, 19 pessoas morreram. O governo em exílio do Tibet afirma que o número de mortos chega a 140. O esboço do comunicado foi suavizado, com a remoção das referências à "repressão" e às Olimpíadas ameaçadas.
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