Enquanto a Unifesp articula a nova unidade na zona leste de São Paulo, câmpus da Região Metropolitana funcionam em prédios provisórios. Os problemas persistem em Guarulhos e Osasco, por exemplo. Por causa de atrasos em licitações, a unidade de Guarulhos teve de trocar de endereço no dia 21 por causa de obras no câmpus Pimentas. Alunos e professores esperavam o prédio desde 2007, quando a unidade foi inaugurada. A construção deve durar pelo menos dois anos. Para alocar os cursos, a Unifesp alugou uma escola no centro da cidade por R$ 250 mil mensais. Alunos reclamam da improvisação. "O prédio é de um colégio, não atende à universidade. As salas são menores e não dão as condições necessárias", critica o estudante de Filosofia Marcos Oliveira, de 34 anos. Outra reclamação é sobre o transporte entre o novo endereço e a antiga unidade. "Sempre estão superlotados", diz Oliveira.O diretor do câmpus Guarulhos, Daniel Vazquez, admite que houve transtornos, mas garante que já foram providenciados ajustes. "Toda mudança tem um período de acomodação." Segundo ele, problemas com acesso à internet nos laboratórios, a falta de materiais e de ônibus foram resolvidos. Em Osasco, a unidade funciona em local temporário desde 2011. "A estrutura é adequada, em quantidade de salas, mas faltam restaurante e instalações elétricas de maior capacidade", confirma o próprio diretor do câmpus, Murilo Leal Neto. A construção do câmpus oficial de Osasco deve começar a sair do papel no segundo semestre de 2014. Em outubro, a reitoria apresentou ao Ministério da Educação (MEC) o projeto de obras dos dois primeiros prédios, elaborado em parceria com a prefeitura. A pasta já garantiu R$ 121 milhões para as edificações. A expectativa é de que as novas estruturas fiquem prontas no fim de 2015.Para o presidente da Associação dos Docentes da Unifesp, Raul Hernandez, o aumento do acesso ao ensino superior foi importante com a expansão, mas houve descompassos estruturais, como na demanda de moradia estudantil e refeitórios. "A expansão não equacionou corretamente a quantidade de docentes, técnicos e estudantes."As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.