Venezuela bombardeia pistas clandestinas em operação anti-drogas

Criticado pelos EUA, país afirma estar comprometido com a guerra às drogas.

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Por Da BBC Brasil
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O Exército da Venezuela lançou na última semana uma nova operação contra o narcotráfico, bombardeando pistas de aterrissagem clandestinas supostamente utilizadas por traficantes em áreas remotas do país. A Venezuela é comumente criticada pelos Estados Unidos por supostamente não combater o tráfico de drogas com seriedade. O país seria usado por traficantes de cocaína na rota de envio da droga da Colômbia aos Estados Unidos e à Europa. O governo venezuelano nega as acusações do governo americano e cita várias iniciativas e grandes apreensões como prova de que estaria combatendo o comércio ilegal de cocaína. Áreas desabitadas A primeira pista clandestina destruída como parte da nova operação fica a 15 quilômetros da fronteira da Colômbia, no Estado de Apure. Segundo as autoridades venezuelanas, haveria mais de 500 pistas desse tipo usadas para transportar cocaína, principalmente em áreas desabitadas próximas à fronteira com a Colômbia. A ampla região na fronteira com a Colômbia é muito plana, o que a converte em um terreno ideal para a instalação das pistas improvisadas pelos traficantes. Somente no Estado de Apure, as autoridades encontraram 157 pistas clandestinas. Comprometimento O objetivo da operação, batizada de Boquete 1 (buraco, em tradução livre), é destruir todas essas pistas, além de outras centenas espalhadas por todo o país. Segundo o coronel Nestor Reverol, diretor da agência nacional anti-drogas da Venezuela, a operação é uma prova do comprometimento do país com a luta contra o narcotráfico. "Estamos cumprindo com nossa responsabilidade na luta contra esse flagelo", afirmou o coronel. As autoridades dizem que o bombardeio será acompanhado de um plano de conscientização e de um programa social dirigido às comunidades indígenas assentadas nessas áreas remotas do país. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.

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