Após um período de certa tranqüilidade, os vereadores do Centrão, grupo independente que comanda a Mesa Diretora da Câmara de São Paulo, retomaram os ataques contra as atribuições dos integrantes do Conselho Municipal de Preservação do Patrimônio Histórico, Cultural e Ambiental (Conpresp) em definir a altura de prédios de bens tombados. Em outubro, o prefeito Gilberto Kassab (DEM) vetou um projeto de lei aprovado pelos vereadores que limitava a atuação do Conpresp. Os integrantes do Centrão, que criaram uma Comissão de Estudos para debater o papel do Conpresp, marcaram para quinta-feira uma vistoria na área envoltória do Parque da Aclimação, na zona sul da capital, tombado há três meses. Os parlamentares vão apurar se um prédio de luxo lançado pela construtora Cyrela, localizado a dois quarteirões do parque, foi beneficiado no processo de tombamento ao ser excluído do limite de altura previsto no raio de 300 metros da área envoltória. "Quero saber se o Conpresp beneficiou a empresa, fazendo um corte no entorno da área tombada. Vamos poder apurar se o balcão de negócios existe, justamente para rebater a acusação feita contra nós quando apresentamos o projeto para retirar o poder do conselheiros", disse o vereador Aurélio Miguel (PR).