Veto britânico na União Europeia expõe tensões na Grã-Bretanha

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Por Redação

Por Stefano Ambrogi e Keith Weir

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(Reuters) -O vice-primeiro-ministro britânico, Nick Clegg, expôs as tensões da coalizão em relação à Europa no domingo, quando disse que o resultado da cúpula da União Europeia (UE), que terminou com um veto do primeiro-ministro David Cameron, foi "extremamente decepcionante" e "ruim para a Grã-Bretanha".

Clegg, que lidera o partido Liberal Democrata pró-europeu, negou que a coalizão liderada pelos conservadores, que assumiu o poder em maio de 2011 com um programa de cortes orçamentários, poderia desmoronar agora.

"Seria ainda mais prejudicial para nós como país, se o governo de coalizão ruísse agora. Isso criaria um desastre econômico para o país em um momento de grande incerteza econômica", disse Clegg, líder do partido Liberal Democrata.

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Clegg acusou os membros do partido Conservador que estão pressionando Cameron a seguir, após seu veto à mudança do tratado da UE, com um referendo sobre a saída da Grã-Bretanha do bloco de 27 países.

"Uma Grã-Bretanha que deixa a UE será considerada irrelevante por Washington e seria considerada um pigmeu no mundo, quando eu quero que continuemos de pé, e liderando no mundo," disse Clegg à rede de TV BBC.

Na sexta-feira, a Grã-Bretanha decidiu não fazer parte de um plano para seguir em frente com um novo tratado da UE com um regime de déficit e dívida mais duro, para evitar a repetição da crise da dívida no futuro. Cameron disse que o acordo proposto pode expor a indústria de serviços financeiros de Londres à uma regulamentação indesejável da União Europeia.

"Estou muito decepcionado com o resultado da cúpula da semana passada, exatamente porque acho que agora existe o perigo de que a Grã-Bretanha seja isolada e marginalizada dentro da UE", disse Clegg.

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