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Villepin é absolvido em caso de complô contra Sarkozy

Decisão é revés político para líder francês e abre caminho para candidatura de ex-premiê em 2012

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Por Redação
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O ex-premiê francês Dominique de Villepin foi absolvido ontem das acusações de cumplicidade em um complô calunioso para destruir, em 2004, a imagem do então pré-candidato à presidência Nicolas Sarkozy. A decisão foi um grande revés político para o atual líder francês e pode abrir o caminho para uma futura candidatura de Villepin em 2012."Não guardo mágoas, não tenho rancor. Quero me voltar para o futuro, servir os franceses e contribuir para a recuperação da França num espírito de união", afirmou o ex-premiê após o anúncio de sua absolvição.Villepin, que se tornou premiê em 2005 após servir como ministro das Relações Exteriores e do Interior, foi acusado de usar documentos falsos para associar Sarkozy a uma investigação sobre corrupção, enquanto ele e o atual líder francês disputavam a sucessão do então presidente Jacques Chirac. O escândalo envolvendo Villepin veio à tona em 2004, quando um juiz recebeu um CD com uma lista de políticos, entre eles Sarkozy, que supostamente tinham contas ilegais no banco Clearstream, em Luxemburgo. As contas conteriam subornos pagos a políticos durante a venda de fragatas francesas a Taiwan, em 1991. Uma investigação da lista, no entanto, comprovou que as acusações eram falsas e as autoridades passaram a buscar os responsáveis por sua criação. Villepin sempre negou as acusações, afirmando que era inocente. Ontem, o Tribunal Correcional de Paris afirmou que o ex-premiê não sabia da trama, que teria sido idealizada por Jean-Louis Gergorin, ex-executivo da EADS (uma das maiores multinacionais do setor de armamento).Gergorin foi considerado culpado e condenado a 15 meses de prisão em regime fechado. O matemático Imad Lahoud, acusado de falsificar a lista, também foi condenado a 18 meses de prisão.Sarkozy, que, após o surgimento do escândalo no fim de 2006, havia prometido "pendurar o responsável num gancho de açougue", era um dos 41 autores civis do processo contra Villepin. Mas o presidente informou que não recorrerá da decisão.

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