Vítimas do acidente com bimotor ainda não foram localizadas

Irmãos do piloto ouviram relatos de pescadores, que contaram ter ouvido explosão, seguida de clarão, no momento do acidente

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Por Agencia Estado
Atualização:

Mergulhadores do Corpo de Bombeiros intensificaram nesta terça-feira, 17, as buscas aos três corpos de vítimas da queda do bimotor Seneca, que caiu no Espírito Santo na sexta-feira, matando seis pessoas da mesma família.Durante todo o dia percorreram uma região de cinco quilômetros quadrados, mas destroços do avião, onde os corpos podem estar presos, não foram localizados. Os irmãos do piloto Alduíno Coutinho de Souza, Danilo e Adilson, estiveram na Praia de Bicanga, na Grande Vitória, e ouviram relatos de pescadores, que contaram ter ouvido explosão, seguida de clarão, no momento do acidente. A hipótese de explosão da aeronave é pouco provável. De acordo com o chefe da perícia médica do Departamento Médico-Legal de Vitória, Romildo Rabbi, os três corpos já resgatados não têm marcas de queimaduras. "Não há nenhum sinal que comprove que houve uma explosão. Os corpos estão bastante mutilados, com traumatismos, esmagamentos e fraturas, mas sem queimaduras", afirmou Rabbi. Para Danilo, os pescadores confundiram-se. "Pelo que entendi do relato, eles ouviram a falha do motor e, em seguida, um som forte, como o de uma batida de carro, que podem ter confundido com explosão. Acredito que eles tenham ouvido o baque do avião no mar", disse. Ele acredita que seu irmão tentava voltar para o Aeroporto de Vitória, onde havia abastecido 20 minutos antes, provavelmente após uma pane no avião. Danilo disse que a família ainda não pensou em processar a oficina mecânica que fez a manutenção do Seneca ou mesmo o fabricante da aeronave. "Não temos cabeça para isso. Tudo o que nós queremos, nesse momento, é que os corpos sejam encontrados". Operação de resgate Pilotos da FAB sobrevoaram a orla de Serra, município da Grande Vitória, num avião Bandeirante e num helicóptero CH-34. Os mergulhadores bombeiros seguiram pistas de pescadores e informações como o surgimento de uma mancha de óleo, que poderia indicar a presença de destroços. Somente uma poltrona foi recuperada. A partir desta quarta-feira, 18, uma lancha da Capitania dos Portos, além do navio-patrulha, passará a atura nas buscas. Ainda estão desaparecidos o piloto, seu filho Rafael Oliveira de Souza e a noiva do rapaz, Patrícia Campos Lopes. Os corpos de Ronilda Teresinha Oliveira de Souza, mulher do piloto, Alduíno Oliveira de Souza, filho mais velho do casal, e sua namorada Luana Pimentel permanecem no Departamento Médico Legal de Vitória (DML). As fichas com as impressões digitais das vítimas enviadas por fax chegaram com baixa qualidade e não permitiram que os peritos fizessem a identificação oficial. A família enviou os documentos por Sedex, que devem chegar a Vitória na manhã desta quarta. No Rio, foi marcada para quinta-feira, 19, uma missa em homenagem aos mortos no acidente. A cerimônia será presidida pelo padre Jésus Mendonça. Amigo da família, ele realizou o casamento de Alduíno e Ronilda e era padrinho de Rafael.

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