O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, convocou neste domingo, 4, seus seguidores a "derrotar a abstenção" e alcançar uma "vitória contundente" no referendo que, em dezembro, irá decidir se a constituição do país será mudada. Leia a íntegra: REFORMA DE LA CONSTITUCIÓN DE LA REPÚBLICA BOLIVARIANA DE VENEZUELA "Aqui estamos outra vez começando uma nova batalha (...), o grande objetivo é aprovar a reforma constitucional. Mas não de qualquer maneira e sim de maneira contundente, para que não fique nenhuma dúvida de que a maioria disse sim", disse Chávez em Caracas, em seu primeiro ato na campanha a favor da proposta de reforma. Ele indicou que os militantes do Partido Socialista Unido da Venezuela deverão "derrotar a abstenção, rua por rua, casa por casa" e que a "unidade revolucionária será o caminho". No referendo convocado para aprovar a atual constituição, em 1999, apenas 44% da população foi às urnas. Em outro referendo - o realizado em 2004 para decidir a permanência de Chávez no poder - 70% dos eleitores votaram. O referendo sobre as reformas será realizado em 2 de dezembro. Entre as modificações constitucionais que estão sendo propostas está o fim do limite no número de vezes que o presidente pode ser reeleito, a redução da jornada de trabalho de oito para seis horas diárias, o fim da autonomia do Banco Central, a proibição do latifúndio e outras. Chávez qualificou de "terrorismo" incidentes ocorridos na manifestação de estudantes contra as reformas constitucionais, nesta quinta-feira. Os estudantes pretendiam incendiar um carro policial e atearam fogo a algumas árvores do centro da cidade, e o presidente exigiu "mão firme" ao ministro de Interior e Justiça para evitar novos distúrbios. "A partir de hoje, fiquemos de guarda. É a mesma agenda golpista e desestabilizadora de abril de 2002 (quando houve uma tentativa de afastar Chávez do poder)", disse. "Alerto aos mais desesperados (...) que chamam ao desconhecimento das leis e um golpe militar (...) se continuam por esta via lamentarão", reiterou Chávez. O presidente venezuelano também voltou a criticar os canais de televisão que, a seu ver, estão incitando a violência. BBC Brasil - Todos os direitos reservados. É proibido todo tipo de reprodução sem autorização por escrito da BBC.
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