Em 1961, Robert Aldrich estava numa fase complicada (intermediária?) de sua carreira. Após um início espetacular, seguiram-se alguns filmes frustrados e até medíocres, como consequência de sua dificuldade com os produtores. Naquele ano, ele fez O Último Pôr-do-Sol, que passa às 17h30 no TCM. Mantida a tradição do canal de clássicos, a exibição será em cópia dublada - filmes legendados só após as 22 h. O Último Pôr-do-Sol antecede Sodoma e Gomorra e O Que Terá Acontecido a Baby Jane?, cujo sucesso de público deu independência ao diretor para criar seu estúdio. Surgiu um outro Aldrich, mas uma fieira de fracassos de público de novo colocou-o numa encruzilhada.Aldrich começou no cinema de gêneros, com westerns, filmes noir e de guerra. O Último Pôr-do-Sol levou-o de novo ao Velho Oeste. Kirk Douglas faz o pistoleiro que chega à fazenda de Dorothy Malone. Ela tem uma filha, que pode ser filha de Douglas. A garota (Carol Lynley) se sente atraída pelo estranho. Com roteiro de Dalton Trumbo, é um raro western de recorte psicanalítico, abordando o incesto. O bom é que comprova a afinidade do diretor com o gênero, ao qual Aldrich voltaria nos anos 1970 com o poderoso A Vingança de Ulzana.