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Europa propõe imposto ambiental para navios e aviões

Comissão Européia começa a planejar metas de redução de CO2 para depois de 2012, quando termina vigência do Protocolo de Kyoto

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Por Agencia Estado
Atualização:

A Comissão Européia aprovou nesta quarta-feira a recomendação para que se crie a partir de 2012 um imposto para os setores de aviação e transporte marítimo, como compensação pelas emissões de gases causadores do aquecimento global. A proposta tem como foco principalmente os Estados Unidos e a China, os dois maiores produtores de dióxido de carbono (CO2), que estão fora das restrições e metas estabelecidas pelo Protocolo de Kyoto. Os EUA não subscreveram o tratado, que começa a vigorar no próximo dia 16, e a China não está obrigada a adotar medidas, por ser país em desenvolvimento - assim como a Índia, outro grande emissor. Segundo o comissário de Meio ambiente da UE, Stavros Dimas, já está sendo estudada a participação do setor da aviação no sistema de comércio de créditos de carbono. As emissões do setor naval, disse ele, ainda estão sendo analisadas mas devem chegar a 3% do CO2 global. A idéia do imposto é uma entre várias propostas anunciadas pela administração conjunta da União Européia, com vistas ao período posterior à vigência do Protocolo de Kyoto. Nada foi detalhado e nenhuma nova meta pós-2012 foi estabelecida. Segundo Dimas, "não é o momento" de estabelecer novos objetivos. Apesar disso, já se sabe que as metas de Kyoto correm sério risco de não serem cumpridas, e em dezembro os ministros do Meio ambiente da UE propuseram que se trabalhasse para conseguir que as emissões de gases sejam reduzidas entre 15% e 50% para 2050. O comunicado desta quarta-feira adverte sobre a necessidade de evitar que a temperatura do planeta aumente mais de dois graus centígrados em relação aos níveis de 1990. Em entrevista coletiva, Dimas afirmou que as medidas para evitar que a temperatura suba acima de 2,5 graus exigem investimentos de 0,5% do PIB europeu, um "custo sensivelmente menor do que o da inércia". O comissário afirmou que, se as concentrações de CO2 se estabilizarem abaixo dos 550 ppmv (partes por milhão em volume), há um sexto de possibilidade de conseguir que a temperatura não aumente acima dos dois graus.  mudanças climáticas

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