
As telas de smartphones podem conter até 600 bactérias, 30 vezes mais do que as 20 que existem em um vaso sanitário, segundo a pesquisadora do Departamento de Microbiologia da Universidade de Barcelona (UB) Maite Muniesa.
Maite apresentou nesta sexta-feira, 27, em Barcelona, um informe sobre os germes na casa, mostrando os resultados de um estudo mediante pesquisa domiciliar em 1 mil lares espanhóis para conhecer quais eram seus hábitos de limpeza.
A especialista em microbiologia alertou sobre a falta de desinfecção em "zonas esquecidas" das casas, como os panos e esponjas e os copos onde se guardam as escovas de dente.
"Não é a mesma coisa ter uma superfície limpa e uma superfície descontaminada", disse, após revelar que as bactérias que foram encontradas nas telas dos celulares e tablets são do mesmo tipo que as que existem em panos e esponjas da cozinha.
"Isso é porque manipulamos muitos objetos de uma só vez", explicou, "e não desinfectamos as mãos devidamente".
Neste sentido, advertiu sobre a necessidade de aumentar as medidas higiênicas no contato direto com animais, crianças pequenas, mulheres grávidas ou pessoas que estejam especialmente debilitadas por algum motivo.
Os brinquedos, por exemplo, são objetos da casa que poucas pessoas limpam e que, no entanto, contêm muitos germes, porque as crianças "chegam do parque e os tocam, ou às vezes inclusive o cachorro ou o gato brincam com eles".
A cozinha é outro espaço cheio de germes que não vemos, segundo o estudo: o interior da geladeira, a pia e os panos úmidos acumulam bactérias como "a salmonella, o campylobacter ou a escherichia coli, que são os patógenos intestinais mais comuns".