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Gincana estudantil estimula a doação de sangue; um projeto capacita costureiras imigrantes; essas e outras ações inspiradoras

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Por Marina Vaz
4 min de leitura

Lá fora, o gramado de um parque britânico cheio de corações e uma mesa coletiva montada numa ponte da República Checa. Por aqui, ações sociais e voluntárias que tentam amenizar o caos da epidemia no Brasil.

Com epidemia controlada em Praga, ponte histórica é ocupada com grande mesa coletiva. Foto: MARTIN DIVISEK/EFE

1. Mesa posta. A República Checa foi uma das primeiras a implementar medidas duras para conter o avanço do coronavírus, ainda em março. Até o fim de junho, o país de 10,7 milhões de habitantes contabilizou 349 mortes relacionadas à covid-19, número bem menor que o de seus vizinhos ocidentais. Para celebrar o momento de flexibilização de sua rígida quarentena e a reabertura do país ao turismo, moradores de Praga ocuparam uma ponte medieval, a Charles Brigde, com uma mesa coletiva de mais de 500 metros de comprimento. Sobre o rio Vltava, cada um levou bebidas e comidas para serem compartilhadas. Mas tudo bem organizado: os participantes foram limitados à quantidade de lugares sentados e tiveram de se inscrever previamente por meio de um site. As informações são das agências Reuters e EFE.

2. Fonte de renda. O projeto Tecendo Sonhos, que, desde 2014, estimula relações de trabalho dignas na cadeia de produção têxtil, criou um programa no qual capacita oficinas de imigrantes latino-americanos para a produção de máscaras em larga escala na cidade de São Paulo. Após consulta a instituições especialistas, como a Anvisa, já foram treinadas 165 costureiras – que têm, hoje, capacidade para produzir, diariamente, cerca de 33 mil máscaras descartáveis em TNT.

3. Ovos de ouro. Um milhão de famílias que vivem em regiões carentes de São Paulo e do Rio de Janeiro estão recebendo doações da Ovos Mantiqueira e da família de Abilio Diniz para ajudar com sua alimentação nesses tempos de crise. A campanha solidária, que vai entregar 12 milhões de ovos, no total, foi iniciada em abril e conta com a ajuda, para distribuição, de organizações como a Central Única das Favelas e a Casa do Zezinho.

4. Dando o sangue. Durante todo o mês de julho, alunos do Colégio Marista Glória, em São Paulo, promovem a #SangueMarista Gloria, uma campanha que visa aumentar o estoque dos hemocentros. No mês em que habitualmente ocorrem as férias escolares, os bancos de sangue já têm uma redução de 50% no volume de doações. Em meio à pandemia do coronavírus, essa situação pode ser tornar ainda mais crítica. A boa ação está sendo incentivada de forma bastante lúdica: funciona como uma gincana, na qual a turma que angariar mais doadores vence. Além dos próprios alunos, qualquer voluntário pode ajudar: basta doar sangue em qualquer instituição e enviar o comprovante por e-mail, apadrinhando uma de suas engajadas equipes (gloria-pastoral@colegiosmaristas.com.br).

5. Calor humano. O projeto BR Sem Frio, promovido pelo movimento SP Invisível, que apoia pessoas em situação de rua, recebeu a doação de 2 mil unidades de álcool em gel da marca Urca, fabricado pela Gtex Brasil. Os itens vão ser incorporados aos kits distribuídos a quem vive nas ruas não apenas de São Paulo, mas também do Rio de Janeiro, da Bahia e do Distrito Federal.

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Corações emgramado de parque em Bristol, Inglaterra, definem distância segura. Foto: BBC Radio Bristol

6. À flor da terra. O Queen Square, famoso parque de Bristol, na Inglaterra, ganhou um recurso adorável para que seus frequentadores se lembrem de manter sempre uma distância segura durante a reabertura de espaços públicos da cidade. Uma ação liderada por empresas da região desenhou corações no gramado da enorme área verde. Assim, todos sabem onde ficar... para todos ficarem bem. O registro foi feito pela BBC Radio Bristol.

7. Criação acadêmica. Uma equipe formada por docentes e alunos dos cursos de Engenharia Elétrica e Mecânica da Universidade Guarulhos (UNG) desenvolveu um novo modelo de dispenser para álcool em gel com acionamento automático, via sensor infravermelho. A vantagem do protótipo é seu custo – quatro vezes menor do que os encontrados no mercado. A criação será utilizada, a princípio, dentro das próprias dependências da universidade. 

8. Da natureza à produção. Uma ação promovida pela BVRio – voltada ao design autoral brasileiro e ao manejo florestal comunitário e certificado – está apoiando comunidades ribeirinhas que vivem na Floresta Nacional do Tapajós, no Pará. Com isso, a movelaria Anambé, que emprega cerca de dez famílias da região, receberá doações de verniz e tinta à base de água, para ajudar a manter sua fonte de renda durante a crise.

9. Transporte gratuito. Desde março, a companhia aérea Azul têm colocado assentos de seus voos à disposição de profissionais de saúde que precisarem se descolar durante o enfrentamento da epidemia. Desde então, mais de 570 viagens contemplaram esses profissionais, que, para isso, pagaram apenas a taxa de embarque.

10. Bem-estar geral. Quer manter o corpo ativo e ainda ajudar quem precisa nesta quarentena? Uma opção é o aplicativo YUp! Em Casa, lançado recentemente pela plataforma yoooUp!, que reúne 350 videoaulas de modalidades como crossfit, ioga e pilates. Para ter acesso a cada aula, você paga R$ 1,30 – e 90% de todo o valor arrecadado é revertido a hospitais e movimentos filantrópicos que ajudam no combate à covid-19. O aplicativo está disponível para download no Google Play e na App Store

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