A partir de 8 de abril, o parisiense Musée d’Orsay sediará a primeira exposição monográfica em um museu francês, do artista paulistano Lucas Arruda, de 41 anos, uma das principais vozes da pintura contemporânea do país.

A retrospectiva reflete a produção do pintor nos últimos 15 anos, quadros de pequenos formatos conhecidos como Deserto-Modelo (Modelos de deserto), que são paisagens imaginárias, a partir das impressões do artista, explicou o comunicado oficial.
“À maneira dos impressionistas, no entanto, a questão da luz e a projeção sensível de uma forma de introspecção são particularmente perceptíveis”, acrescenta.
Patrocinado pela coleção do magnata francês François Pinault, Arruda realizou uma residência artística entre 2017 e 2018 no norte da França, em Lens, onde a luz difusa se reflete em algumas das obras exibidas nas três salas do Orsay, conhecido por suas coleções de impressionismo.

“A luz está no centro do meu trabalho, é o movimento. É a luz que guia minha pintura, que cria a intensidade e finalmente cria espaços que não são abstratos e figurativos”, explica o artista, citado no comunicado.
Com um domínio meticuloso do pincel, Arruda relembra o trabalho paisagístico de pintores como Camille Corot ou Gustave Courbet, além de mestres impressionistas como Claude Monet, explica o Musée d’Orsay, que agrupou cerca de 30 obras para essa retrospectiva.
A exposição ficará aberta até 20 de julho.
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