Paris sem o Pompidou: Museu fecha as portas por cinco anos

Museu francês abriga a maior coleção de arte contemporânea e de vanguarda do mundo, ao lado do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York

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Paris - O Centro Pompidou em Paris, um dos mais importantes museus de arte moderna do mundo, fechará suas portas na próxima segunda-feira, 10, para obras de renovação que devem durar cinco anos.

O público poderá visitar o museu gratuitamente a partir desta sexta-feira, 6, às 18h (14h de Brasília), até segunda-feira, às 21h (17h de Brasília), para apreciar a coleção permanente pela última vez e assistir a apresentações relacionadas ao fechamento do museu.

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O Centro ainda abrigará pequenas exposições temporárias até setembro, quando serão iniciadas as principais obras de remoção do amianto e renovação até 2030.

Um edifício de referência no coração de Paris, com sua fachada repleta de tubos de ventilação de cores diferentes, o Centro Pompidou abriga, em seus 12.000 m², a maior coleção de arte contemporânea e de vanguarda do mundo, ao lado do Museu de Arte Moderna (MoMA) de Nova York.

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Até a pandemia de covid-19, o Centro Pompidou recebia em média 4 milhões de pessoas por ano Foto: Patrick Kovarik/AFP

A coleção será transportada por caminhões para armazéns em Paris, nas províncias ou no exterior.

“A operação colossal exigiu meses, para não dizer anos, de preparativos”, disse Claire Garnier, diretora da operação, à AFP.

Para algumas obras grandes, como as instalações do artista alemão Anselm Kiefer, a administração do museu planejou remover diretamente o vidro da fachada.

Parte da coleção (atualmente com cerca de 150.000 obras) será exibida no Grand Palais, na Champs Elysées, assim como nas filiais do Centro Pompidou no exterior, como em Málaga (Espanha), Xangai e, em breve, em Bruxelas.

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Também foram assinados acordos para o empréstimo temporário de obras com museus dos Estados Unidos, Austrália, Japão e centros europeus, explica Xavier Rey, diretor do museu.

O Centro Pompidou, projetado pelos arquitetos Renzo Piano e Richard Rogers, foi uma encomenda pessoal do então presidente Georges Pompidou (1969-1974), que não pôde ver a obra concluída.

O museu vai fechar as portas na segunda-feira, 10 Foto: Xavier Galiana/AFP

O prédio foi inaugurado em 1977 e rapidamente se tornou não apenas um museu, mas também um centro de atividade cultural em Paris, além de uma biblioteca apreciada pelos estudantes parisienses.

Em média, quase quatro milhões de visitantes passavam pelo local todos os anos antes da epidemia de covid-19.

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