Caio Blat

ELE CRESCEU NA VILA MARIANA, MOROU NO CAPÃO REDONDO E AGORA VIVE NO RIO, ONDE RODOU SEU NOVO FILME: 'HISTÓRIAS DE AMOR DURAM APENAS 90MINUTOS'

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Por falar em Histórias de Amor, você já viveu várias com tantas cidades. Como é morar no Rio, crescer em São Paulo e ter acabado de voltar de Berlim?

É um privilégio. Sei que é clichê, mas há um mundo em São Paulo. O Rio é incrível também. E é onde estou criando meu filho Bento e João, filho da Maria (Ribeiro, mulher de ator) com o Paulo Betti. Já Berlim foi algo único. Mostrar Bróder num festival como aquele foi algo que não imaginei quando filmei essa história no Capão Redondo.

Na época das filmagens (2008), houve quem dissesse que o diretor Jeferson De exigiu que você se mudasse para lá...

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Não, a escolha foi minha. E muitos pensam que é algo audacioso. Fui morar no Capão por medo de não ser capaz de representar aquelas pessoas. Há uma ética entre os moradores, que apenas quem vive lá entende. Viver lá me ajudou a pertencer ao bairro, além de ser mais prático. Às vezes terminávamos as filmagens super tarde e tínhamos de voltar no dia seguinte bem cedo. Em vez pegar trânsito de manhã, eu já acordava no set.

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Já em Histórias de Amor... você acordava com a atriz do filme.

Mas essa atriz é minha mulher. Fui eu que sugeri chamar Maria para interpretar minha mulher também na ficção. Paulo Halm (o diretor) gostou, porque a história trata de um triângulo amoroso entre um cara que acha que ele e sua mulher estão apaixonados pela mesma mulher. Não acho que seja apenas por causa das cenas de sexo, mas é preciso haver intimidade entre os atores em casos como esse. Imaginei que minha relação com a Maria fosse ajudar. Que nada! Logo na primeira cena em que nos beijamos, senti como se o mundo estivesse invadindo nossa privacidade.

Aos 29 anos, você acaba de ganhar o Bento (primeiro filho com Maria, que nasceu em janeiro) e ajuda a criar o João (7 anos). Ao contrário de Zeca, você cresceu!

Sempre recebi papéis para personagens mais jovens. Zeca é o primeiro com a minha idade. Mas, ao contrário dele, amadureci rápido. Ser pai é a melhor coisa que já me aconteceu. Perdi o contato com Antônio (filho que adotou com a ex-mulher, Ana Ariel, em 2003). Foi exigência dela na separação. Isso me afetou muito. Agora, a Maria tem o turno do dia, eu cuido do Zeca à noite. Pensa que acordo de mau humor? Nada! Adoro ser pai.

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